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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Em sua terceira posse como presidente, Lula recebe a faixa de representantes do povo e defende a democracia

Momento mais emocionante da posse - Foto Reprodução Ascom
O nordestino e ex-metalúrgio Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse neste domingo (1º) como o 39º presidente da história do Brasil. A celebração do início do mandato levou centenas de milhares de apoiadores à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em um dos momentos mais marcantes, Lula recebeu a faixa presidencial de pessoas comuns, representantes do povo brasileiro, entre eles um menino negro, um homem com deficiência, uma catadora e um indígena.

Em discursos, o presidente ressaltou a defesa da democracia e o foco no combate à pobreza e à fome. Ao falar de fome, no parlatório do Palácio do Planalto, de frente para a multidão, Lula chegou a chorar. Ele também fez críticas ao governo anterior, sem citar o nome do ex-presidente.

A equipe responsável pela cerimonia não havia confirmado até o início da tarde se o presidente faria o trajeto até o Congresso Nacional em carro aberto. A dúvida acabou quando, no início da tarde, ele subiu no tradicional Rolls Royce da Presidência. Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e da mulher do vice, Lu Alckmin.

Foto: Reprodução Ascom
Lula foi oficialmente empossado no Congresso, em cerimônia diante de parlamentares e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em uma fala de 31 minutos, o presidente exaltou a "democracia para sempre".

Lula disse ainda que seu governo vai ser de esperança, união do país e sem revanchismo: “Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução”, afirmou.

Sem citar o nome de Bolsonaro, afirmou que irregularidades na pandemia devem ser investigadas: "Em nenhum outro país, a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar as emergências sanitárias. Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes", afirmou o presidente.

Foto Reprodução Foto: AP Photo/Eraldo Peres
Ao sair do Congresso, Lula foi para o Palácio do Planalto e subiu a rampa. No alto da rampa, a faixa passou pelas mãos dos representantes do povo e foi finalmente entregue a Lula por Aline Sousa, uma mulher de 33 anos, catadora desde os 14.

Já com a faixa no peito, Lula se dirigiu ao parlatório do palácio, para falar à multidão que o aguardava na Praça dos Três Poderes: "Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: 'por favor, me ajuda'", continuou, perdendo a voz em razão do choro.
@ Nossa Voz - Com informações da g1

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