Na terça-feira dia 2 de agosto, acontecerá um capítulo importante na história do Jornal @ Nossa Voz, o popular jornalzinho de Barrocas.
O processo movido pelo Vereador Miguel Carvalho de Queiroz (DEM), é contra o Diretor do periódico, Rubenilson Nogueira, na ação o edil pede indenização por danos morais no valor de R$ 20.400,00 (Vinte mil e quatrocentos reais), mas há quem acredite que a ação objetiva pressionar a direção a mudar a linha editorial que não poupa os caciques da política local.
Sabe o barroquense, que desde que foi criado o jornalzinho nunca se deixou influenciar pelo poder político exercido principalmente pelo grupo que administra a cidade desde que foi emancipada. O Jornalzinho quando fez publicidade, não deixou de cobrar e criticar, quando cobriu inaugurações, mostrou também algo que estava precisando ser feito.
Ao longo dos anos foram muitos os momentos em que as críticas e as cobranças feitas à administração não agradaram, mas também a oposição em certo momento não aceitou ser alvo de julgamentos quando não cumpriu com seu papel. Com tudo, a cada edição percebíamos uma mudança de atitude nos políticos da cidade, que foram se acostumando a serem cobrados e até criticados. Políticos como o atual Prefeito José Almir (bem mais democrático) o ex-prefeito Edilson (nem tanto democrático em autrora), e o Ex-Secretário Jai (homem inteligente o bastante para entender o papel da imprensa), todos demonstram reconhecer a importância da imprensa livre e em algumas edições estiveram entre os entrevistados do jornalzinho.
Tudo ocorria muito bem, mas como costuma dizer o navegador Amyr Klink é no momento de calmaria que devemos fica em estado de alerta, pois logo a frente pode surgir um iceberg.
Foi neste momento de “calmaria” que surgiu o tal iceberg, ou melhor, o processo, mas segundo o diretor do jornal e desse blog, vindo de quem veio já era de se esperar; “para mim ele é uma pessoas que precisa do poder, não consegue viver sem ele, há quem diga que em cidades como a nossa, muitos tenham uma dependência até financeira com a política” declarou e disse mais; “Todos lembram que quando este nobre político foi derrotado numa eleição em Barrocas, logo se mudou para Serrinha onde tinha um padrinho político, pelo que se comenta não se deu bem e outra vez em flerte com o poder retornou para a cidade na eleição seguinte agora como o melhor amigo para não dizer “puxa saco” daquele que tanto criticou e até difamou. Acho que o processo foi mais uma ação pro - poder, pois as eleições para a Presidência da Câmara se aproximavam e ele como candidato quis fazer média com os vereadores, (por vezes criticado no jornal), com o atual prefeito, (cobrado em diversas matérias), e assim tivesse o seu apoio, ou no mínimo que o ficasse neutro na eleição, e com o ex-prefeito (homem forte na política local), que acabou sendo crucial na sua vitória e que também em certos momentos era criticado no jornalzinho” afirmou.
No centro o vereador Miguel (Guel) com o Ministro do Trabalho Emprego e Renda do governo do PT, Carlos Luppi (PTD). Foto:O Dia News.
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O diretor parece em suas palavras resumir muito bem a situação, pois foi o que realmente aconteceu, a maioria diante do homem que imagina poder processar até o Jornal, o apoiou e com força, ou melhor, poder ele venceu as eleições e sentou na cobiçada cadeira de presidente. Nós que defendemos a população, ficando contra uma lei que iria causar sérios danos, na verdade mesmo sem ter sido aprovada já está causando, sem falar que é inconstitucional, nó sentaremos em outra cadeira, ou melhor, num banco.
Graças ao nosso empenho, e ao apoio popular a lei acabou não sendo sancionada pelo Prefeito, e é bom lembrar, que o vereador disse que se não fosse sancionada iria para o Ministério Público, disse e não foi, talvez alguém em sã consciência o fez ver que estava seriamente equivocado.
A liberdade, a imprensa e o homem, foram ameaçados e ainda sentarão no BANCO DOS RÉUS.
@ Nossa Voz
Caros barroquenses, leitores; estarei sentado sim, nunca ajoelhado, principalmente diante de políticos que se imaginam mais que os outros. Na terça-feira estaremos no tribunal de frente com um Juiz, mas como homem, e como tal, certamente de cabeça erguida, acreditando na JUSTIÇA.
Por Rubenilson Nogueira