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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Homem de 57 anos comete suicídio na Zona Rural do município de Barrocas

Raimundo era o filho mais velho do senhor Miguel, conhecido como Miguelzinho do Alagadiço
O corpo do lavrador Raimundo da Silva Oliveira Cunha, 57 anos, conhecido como Zé Raimundo, foi encontrado na tarde da quarta-feira (10), sem sinais vitais em sua residencia na Fazenda Alagadiço, zona rural do município de Barrocas. 

Segundo informações do senhor João, irmão da vítima, Zé Raimundo fazia uso de medicação controlada. Na tarde de quarta-feira o lavrador estava em sua residência, quando uma tia de 84 anos foi visitá-lo. Segundo relato do irmão, ela o encontrou deitado, voltou para casa e 30 minutos depois, por vota das 15:30, ao retornar na residencia não viu mais o sobrinho descansando, ao dar uma volta pela casa encontrou Raimundo enforcado. Abalada com o que viu ela foi chamar os familiares.

O corpo do lavrador foi encaminhado para o Departamento de Policia Técnica, em Serrinha. O sepultamento aconteceu na tarde desta quinta-feira (11) no Cemitério do distrito de Salgadália, em Conceição do Coité.

@ Nossa Voz - Informações de Victor Santos

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Fazendeiro barroquense construiu seu próprio cemitério, já pagou o caixão e mandou cavar a próprio cova

Foto: Raimundo Mascarenhas / Calila Notícias
O fazendeiro Miguel Arcanjo da Cunha, 81 anos, residente na Fazenda Alagadiço do Meio, distante 12 km da sede do município de Barrocas, conhecido como Miguel do Alagadiço é dono de 700 tarefas de terra. Destas afirma que herdou 250 de seus pais, o restante ele mesmo adquiriu trabalhando.

O senhor Miguel disse que vai dividir tudo com os herdeiros, mas acha injusto que no meio de tanta terra, ele não fique com pelo menos um cantinho para a sua morada eterna. Pensando nisso, buscou informações e conseguiu até registrar o cemitério que fica em frente a residência onde mora com a atual companheira.

Construído em 2014 o cemitério mede aproximadamente 10 x 10 metros. Miguelzinho não se contentou apenas com a construção, queria garantir que seu plano não dê errado, foi por isso que procurou um cartório e registrou. Em entrevista a Raimundo Mascarenhas do site Calila Notícias, ele revelou que até caixão já comprou em uma funerária na cidade de Serrinha e afirmou que pagou caro.

A sepultura foi aberta mas está coberta com telhas de eternit - Foto Raimundo Mascarenhas.
O barroquense bastante conhecido na região, contou que não perde enterros e nos que participa, observa tudo com cuidado, verifica os erros e quer que nada dê errado no seu: “Não tenho pressa para morrer e aqui estou como o administrador de fazenda e quem manda é o dono dela (Deus). Obedeço à vontade do meu dono que é Deus e o dia que ele chamar eu vou”(risos).

Como pode ser visto nas imagens, a área possui muro, cruzeiro, jazigo conhecido no sertão como “carneira”, que está inclusive aberta, protegida apenas por telhas. Ao lado foi construído um pequeno quarto para onde quer que sejam levadas seus santos (imagens). Ele é também rezador tradicional e tem como guia “Tupã”.

Miguelzinho contou que a ideia da construção do cemitério foi também por causa da situação incômoda que ele presencia sempre que vai em enterro no cemitério de Barrocas, que segundo ele, não há mais espaços suficiente. Sendo necessário, de acordo com o que foi publicado, em algumas vezes se desenterrar um corpo com pouco tempo de enterrado para botar outro: “É um mal cheiro danado, tem vez que junta até urubu. O cemitério tá vencido! Daí resolvi construir um pra mim e já tem gente pedindo para ser enterrado aqui”, revelou ao Calila Notícias.

Além do cemitério, do caixão e até a cova, Miguel se preocupa com outras questões. Caso parta primeiro que Edilson, ex-prefeito do município, caberá ao amigo cuidar de todas as despesas e depois levar a conta para família pagar, e garantiu que não é uma conta pequena. Os dois teriam um compromisso firmado: “Não tem coisa pior que ir a sepultamento e o mesmo atrasar e o povo ficar com fome. Não quero que aconteça no meu velório. Como não vou poder ver essas coisas, fiz o trato com meu amigo Edilson da Serraria. E se ele morrer primeiro do que eu faço a mesma coisa com ele”, garante.

Cemitério fica no terreiro da casa onde mora com a esposa | Foto: Raimundo Mascarenhas
O velório também deverá ser bastante anunciado, carros de som deverão fazer o anúncio da Nota de Falecimento em Barrocas e cidades vizinhas: “...um carro de som anunciando o horário do enterro nas cidades da região, onde tenho muitos compadres e comadres e não quero que ninguém tenha queixa por não ter sido avisado”.

Miguelzinho está no seu terceiro casamento, foram 32 filhos, sendo que 22 estão vivos, e demonstrando que tem boa memória, relacionou os nome de todos e de forma decrescente. “Mil, Zé Raimundo, Marcos, Perdiz, Maria, Netuca, Clarice, Severo, Cesar, Maria Irene, Luzia, João, Marcinho e Amaro (Diferença de 20 dias do nascimento de um pro outro), Orlando, Antônia, Tereza e Marcinha (Também diferença de 20 dias), Diu, Malinha, Edmilson e Batata. O mais velho, Miu tem 59 anos e Batata, o mais novo, 30”.

@ Nossa Voz - Informações Calila Notícias / Conteúdo e fotos Raimundo Mascarenhas e equipe CN

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Homens armados roubam mais uma moto na Zona Rural de Barrocas


Por volta das 19 horas desta terça-feira (21), o motorista Luiz Santana da Mota, 39 anos, seguia de moto para o Povoado de Rosário onde mora, quando na região do Alagadiço, foi forçado a parar e teve sua motocicleta, uma Honda Titan 125, cor azul, tomada de assalto. Além da motocicleta, um aparelho celular, 600 reais em dinheiro e todos os documentos pessoais foram levados pelos criminosos. 

O conhecido Luiz de Profeta, conduzia a motocicleta e levava sua mãe de 65 anos na garupa, tanto ele como a idosa ficaram sob a mira de uma arma. Após recolher os pertences das vítimas, os criminosos mandaram que ambos saíssem correndo, Luiz chegou a ser agredido nas costas, após voltar para ajudar a sua mãe.

Após um período de certa tranquilidade, nos últimos dias ladrões voltaram a intimidar a população barroquense, são vários relatos de assaltos a mão armada. Essa é a segunda moto roubada na mesma região. Recentemente no Bairro do Cedro, ladrões roubaram diversas pessoas (ver aqui).

No ação criminosa de hoje, os ladrões estavam a pé, ambos tinham baixa estatura e utilizavam máscaras, a vítima relatou que um deles usava uma arma de grosso calibre, possivelmente uma arma calibre 12.

Ronda @ Nossa Voz - Da Redação

terça-feira, 30 de junho de 2015

Cena rara, Carro de Boi cruzou o município de Barrocas na manhã desta terça-feira


Uma cena rara nos 'dias de hoje' foi registrada na manhã desta terça-feira (30), chovia, a estrada estava cheia de lama, e nesse ambiente cortando tudo sem dificuldade surge uma antigo carro de boi que partiu cedo da Fazenda Alagadiço.  

O carro de boi, um dos símbolos do nordeste, bastante usado como meio de transporte no passado, em Barrocas destaca-se a construção da Igreja Matriz, para a qual grandes pedras foram transportados nele e até o antigo cruzeiro de madeira, como o nome já diz, é um tipo de carroça tracionada por bois.

Quem 'comandava' a tradicional junta de bois (6 animais) era o senhor Miguel Martins de Queiroz, 35 anos, conhecido como Marcinho, morador da Fazenda Alagadiço, zona rural do município de Barrocas, ao lado do seu filho, um primo e um outro ajudante deixou sua residência na manhã desta terça-feira (30) destino ao povoado de Boa União, para colher capim para plantar e dar de comer aos próprios animais. No carro de boi serão carregado mais de 1.500kg de capim. 

O carro de ontem entre os carros de hoje
Do local de partida ao povoado de Boa União o grupo percorreu 12km, esta não é a primeira vez que este trajeto é feito; “leva mais ou menos 3 horas pra ir e voltar, fora o tempo para pegarmos o capim, arrumar e botar em cima do carro” relatou o agricultor. A madeira das duas rodas, canga dos bois e plataforma do carro vem da arvore sucupira, trazida pelo senhor Miguelzinho do Alagadiço da cidade de Biritinga distante 43km de Barrocas. 

Marcinho lembra que a tradição de utilizar o carro de boi dentro da família começou com seu pai a mais de 50 anos; “Meu pai Miguelzinho do Alagadiço tem esse carro de boi faz tempo, mais de 50 anos. Naquela época o meio de transporte era o carro de boi e depois vinha a carroça”. Questionado qual a possibilidade de trocar o carro de boi por uma carroça, respondeu “troco não, prefiro o carro de boi do que a carroça” declarou sem titubear. 



São seis bois puxando o carro, os animais seguem a voz de Marcinho, para conduzir o carro de boi não é simples, é preciso de técnica e muita habilidade com a voz, os dois primeiros bois da frente guiam os demais fazem as curvas e retornos, os do meio são de força e equilibram o peso, os dois mais próximo do carro fazem a parte de maior força e ao comando do dono freiam todo conjunto.

Em Barrocas o carreiro afirma que são poucas as unidades em utilização “São umas 5 pessoas que tem, delas uma ta parado, as outras usam”. O carro da família é usado também para carregar outras coisas “levamos lenha de dentro do roçado com o carro, pois suporta muito mais peso”, garantiu.



Ver uma cena dessas está cada vez mais difícil então fizemos questão de deixar tudo muito bem registrado para as próximas gerações.

@ Nossa Voz - Da redação / Por Victor Santos e Daniel Queiroz