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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIOS ANÔNIMOS NÃO DEVEM SER PUBLICADOS

Lendo no Blog do - Jornal @ Nossa Voz -, encontrei uma matéria em que o redator, Rubenilson, dizia ter decidido não publicar mais os comentários anônimos, justificando que “diante dos numerosos comentários que estão chegando para este Blog, em sua grande maioria contendo textos com difamações, acusações sem provas, politicagem, “baixaria” e ameaças por não publicarmos os mesmos..., comentários estes vindo de ambos os lados, principalmente de quem não aceita às mudanças, cada um defendendo os seus próprios interesses e não o da população barroquense, nós, em reunião ocorrida na segunda-feira, decidimos por suspender temporariamente os comentários anônimos”.
Eu apoio a idéia de suspender os comentários anônimos. Temos garantido o direito de expressão. Qualquer um pode fazer as críticas que acharem justas e úteis para o bem comum. As críticas sérias, justas e cabíveis, por mais contundentes que sejam, só ajudam. E quem as faz deve assumi-las. Fazer a crítica e se esconder no anonimato, demonstra falta de compromisso com o que diz. Para que publicar um comentário que nem o autor assume o que disse?
Depois, são comentários que envergonham a educação em Barrocas. Esses anônimos não aprenderam nada na escola. Ignoram as regras básicas da Gramática Portuguesa; não têm a idéia mínima de pontuação.        
Esses comentários não devem ser publicados. Poupemos a Escola de Barrocas a passar por esta vergonha por causa desses maus alunos que não aprenderam a redigir nem a falar corretamente nosso idioma.
Tememos como exemplos estes comentários abaixo:
Anônimo 13/02/12    
“kkkkkkkkkkkk rubenilson sempre garfando os comentarios anomino em vc naum tem geito mesmo kkkkkkksabemos que vc tem medo de processos e de bala vc tem medo tambem e de nois dar uns tapas em seus filhos tem tambem pois o que vamos fazer vai ser isso viu se prepareee" em .<>(Comentário enviado em 13/02/12)”
Esse sujeito não tem jeito mesmo. Estraçalhou a gramática e ainda quer dar tapas em crianças. Note a expressão: “De nois dar uns tapas”. Ele tem mesmo que se esconder por trás do anonimato.       

O comentário seguinte também é curioso e humorístico em sua forma. Veja:
Anônimo Feb 12, 2012 11:26 AM   
“se almi treuiu alguem foram aqueles que ecreditaram que ele iri botar voces tudo para fora logo no primeiro ano, não traiu vocês, esses monte de como de graça, tem uns aí que nunca trabalhou de verdade, se vevem nos melhores carnavais, nas vaquejadas tem camarote exclusivo, tao pensando q o povo não viu tudo isso, kkkkk vocês vão ver na eleição, a revolta é grande. chega desse grupo no poder”.
Em ambos os comentários, os erros de português e redação são gritantes, basta ver o “nois dar” do primeiro e o “ se vevem” do segundo.
OLHANDO O PASSADO

Em meu tempo de criança e de jovem, em Barrocas só havia o curso primário. Mas as crianças aprendiam na escola a fazer redações empregando bem as regras gramaticais e a fazer a pontuação adequada; aprendiam regras de ortografia e de concordância; a conjugar os verbos em todos os tempos, modos e pessoas; falar e escrever bem, era uma honra para o aluno. Quando alguém queria elogiar outra, dizia: Ele é bem-falante. Ser bem-falante punha as pessoas em destaque.
Eu era criança e João Olegário já homem casado. João Olegário, barroquense que orgulha sua terra, era um bem-falante; João Neto era e é um bem-falante; Antônio Simões, Joaquim Otaviano, Sebastião de Caduda, Donato, Os filhos de Miguel Pinheiro – Antônio, Deusdedit, Carlinhos; os filhos de Torquato, de Pedrinho de Cândido e tantos outros da época, eram também bem-falantes. Todos estudaram em Barrocas. Todos tinham vergonha de “falar errado”. Não havia o ginásio em Barrocas nem em Serrinha ainda, mas a escola primária preparava os alunos para a vida. Ensinava os elementos fundamentais da Língua Pátria, da Aritmética, História, Geografia e Ciências Naturais e Civilidade.     
Relembrando João Olegário, além de bem-falante, ele escrevia muito bem, basta ver uma carta que ele escreveu por ocasião da volta de Barrocas a Distrito de Serrinha, publicada no livro de João Neto sobre a História de Barrocas.           
Pena que hoje em Barrocas, com tantos colégios, com professores e professoras preparados e qualificados, com tantos recursos da tecnologia moderna na educação, e ainda há alguns alunos que não sabem aproveitar. Passam pela escola e saem semianalfebatizados. Pior que ainda pretendem escrever comentários e dar opiniões sobre assuntos que eles desconhecem. Como desconhecem, dizem bobagens e ainda partem para provocações.     
O blog, não deve publicar provocações.
Fonte: Blog: Barrocas-Bahia - Por: Tiago de Assis Batista

4 comentários:

  1. Sei que isso é um assunto de extrema seriedade, mas se torna até engraçado vendo estes comentários anônimos, onde há um extremo desrespeito à Língua Portuguesa!
    Isso mostra que as provocações vêm de pessoas com um grande déficit de educação e inteligência!
    Se ao menos tivessem estudado não estariam publicando estas provocações no blog, assim, seriam mais ÚTEIS para a sociedade!

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  2. Concordo plenamente com a questão da não publicação de comentários absurdos e anônimos. Mas não concordo com a generalização feita em relação à comparação entre "certo" e "errado". Como leitor desse jornal e Professor Graduado em Língua Portuguesa e Literatura, tenho propriedade para fazer alguns esclarecimentos. Ao longo dos séculos, a língua portuguesa sofreu muitas reformas e alterações. Com isso, o que era "certo" passou a ser "errado" e o que era "errado" passou a "certo". O que hoje é considerado adequado a GRAMÁTICA NORMATIVA pode ser modificado no futuro. Não existe certo e errado dentro da língua portuguesa. O que existe é uma linguagem adequada a uma determinada situação. Claro que a sociedade valoriza aqueles que se aproximam mais, tanto na fala como na escrita, da GRAMÁTICA NORMATIVA. Mas não existe apenas essa gramática. Na GRAMÁTICA DESCRITIVA e INTERNALIZADA, por exemplo, temos conceitos diferentes. Não estou aqui defendendo lado nenhum. Apenas acredito que o problema educacional vai muito além dos "maus alunos" e da "escola". No passado aprender era sinônimo de memorizar. Diversas teorias comprovaram a ineficácia desta prática. Acho uma falta de respeito e descriminação quando alguém diz ou corrige uma pessoa que não fala e escreve de acordo com a GRAMÁTICA NORMATIVA utilizando termos como: "semianalfabetizados" e "fala errado".

    Por: Tarcilio Silva.

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    1. Não quero discriminar nem faltar com respeito a quem se expressa como sabe,como gosta e como quer. Na linguagem coloquial, mesmo os conhecedores das regras gramaticais, dão-se o privilégio de passar por cima delas. Gosto de ouvir o linguajar das pessoas populares e também faço questão de usá-lo. Porém, quando se escreve para o público em geral, tem-se que respeitar aquelas regrinhas fundamentais e elementares da linguagem padrão. É também um respeito ao idioma e ao leitor. Mas isto não impede que o cidadão se expresse conforme a instrução que recebeu. Só não posso admitir que uma pessoa que tem um certificado de conclusão do curso fundamental, do secundário e até do terceiro grau, venha escrever um texto que não esteja dentro das normas gramaticais. Sei que nossa língua, em termos sintáticos e ortográficos, é muito complicada. Tenho inúmeras dificuldades na escrita. Meu dicionário e minha gramática que o digam. Estou sempre os consultando. Seria bom que os que escrevem para o público, também o fizessem. É uma questão de respeito ao nosso idioma e aos leitores. Sim. Os autores mais modernos não concordam com esta qualificação de "certo" e "errado". Sob o aspeto da comunicação e expressão oral, coloquial, familiar, concordo. Mas, escrevendo para publicação, ainda insisto em que se escreva respeitando as normas gramaticais e regras de pontuação. Uma só vírgula, omitida ou mal colocada, pode mudar completanete o sentido de um texto.
      Finalizando, em uma prova para concurso ou vestibular, ainda continuam valendo o "certo" e o "errado". Portanto, eu aconselharia aos alunos que continuem sempre aproveitando o máximo das aulas de Língua Portuguesa e tirem suas dúvidas com seus professores.

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  3. PROVOCAÇÕES

    Concordo em parte com alguns conteúdos desse texto, no que se referem aos anonimatos escrevendo certo ou errado é bom escrever é praticando que chegará a evolução educacional.
    Aos saudosos que Deus guarde no lugar reservado, porem alguns desses tiveram a virtudes de ser filhos dos senhores posses de riquezas matérias. Já a maior parte dos homens dessa Cidade da mesma época que o autor citou nesse texto não teve a oportunidade de estudar tão quanto o saudoso ex-prefeito. Todos têm culpa no cartório não podemos esquecer que no passado essa Cidade era Comandada por Seu João Olegário, teve o poder de fazer diferente.
    Aliás, até hoje não sei o motivo que essa Cidade perdeu o titulo de Cidade? Não quero vender á perfeição nem o retrocesso, também não posso julgar alguns amigos conterrâneos por escrever ou falar errado. Estamos colhendo hoje o que foi plantado nessa Cidade os frutos desde a sua criação. Eu mesmo estudei nessa Cidade e existem muitos educadores que são exemplos dentro e fora da classe, os problemas em Barrocas sempre foi os maus gestores que saquearam os cofres públicos desviando de todos os lados educação, cultura, social, enfim não vou aqui prolongar o que todos já sabem que durante quatro décadas esse Estado foi dominado por mão de ferro onde só recebia recursos a ‘’orla da Capital’’ distanciando 100 km começavam os problemas estruturais.

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