Páginas

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Alunos estudam em salas impróprias enquanto a nova escola é invadida pelo mato.

Nova Escola, todos temem que vire um elefante branco.
 Uma das melhores escolas do país, onde foram gastos quase 800.000 (oitocentos mil reais) , recursos do Governo Federal, está inacabada, e segundo informações não foi liberada pelo MEC para ser utilizada.

Restando poucos detalhes para a nova escola ficar pronta, no início do ano letivo a Secretaria de Educação Municipal, decidiu que por alguns dias enquanto aguardavam a conclusão da obra e em seguida a liberação do MEC, a antiga Escola João Francisco Pereira localizada na Comunidade de Barreiras, receberia aluno do povoado e de demais localidade, as aulas no local seriam temporárias, por cerca de 15 dias, inclusive esta situação foi passada para os alunos numa visita feita pelo Prefeito no início das aulas.
Local onde funcionava o Laboratório de Informática virou sala de aula.
O detalhe é que já se passaram três meses e a situação se mantém. Os alunos se sentem enganados, e culpam até os professores por terem sidos transferidos de escolas com melhor estrutura para a atual.
Professores e alunos reclamam das condições da escola, que antes tinham bem menos alunos, 125, mas hoje funciona em condições precárias, e até o laboratório de informática virou sala de aula, a escola abriga hoje 270 alunos.
Muitos alunos apesar de morarem nas comunidades próximas, estudavam no Colégio Municipal de Barrocas, que conta com ampla área de lazer, e salas bem estruturadas. Hoje depois da transferência tem que estudar numa escola sem pátio, sem quadra de esporte e sem laboratório de informática, e ainda com salas lotadas, uma delas tem 34 alunos. Esta situação segundo os professores tem desmotivado os alunos e os docentes temem que o ano letivo seja ainda mais prejudicado.
Diretoria tomado por alunos.
 A secretaria da escola funciona no espaço entre as salas, a diretora reclama da falta de privacidade para conversar com professores, alunos e até com os pais. Marta nos disse que em certo dia precisou ir ao depósito da escola para conversar com um pai de aluno que pediu para falar com ela em particular. Outro problema enfrentado pela diretora, diz respeito à digitação das provas, já houve casos de alunos ficarem observando sem que a mesma percebesse: “quando vi já estavam atrás de mim, tentando ler o que eu digitava, agora para evitar isso tenho que levar trabalho para casa”.


Professora Eliene
A professora Eliene também lamenta a atual situação em que a escola se encontra: “Esta situação tem nos prejudicado muito, pelo espaço, pela perspectiva dos alunos, acho que foi bloqueada, pois todos tinham esperança de com 30 dias entrar numa escola nova. Agora eles querem voltar para as escolas de origem, a toda hora se ouve eu quero a minha transferência” disse Eliene.
Hoje segundo as professoras é bem comum ouvir dos alunos comentários do tipo: “essa escola é peba” “isso aqui parece mais uma creche” dentre outros comentários que preferimos não mencionar.
A escola atualmente conta com 17 professores, todos vêm sofrendo com a situação, e o que mais tem os revoltado é o fato de que há poucos metros uma bela escola com salas amplas, arejadas, com banheiros bem organizados, secretaria espaçosa, encontra-se fechada sendo invadida pelo mato. Enquanto na atual escola se chover a coisa se complica: “se começar a choveu forte temos que suspender as aulas, tem uma sala mesmo que vira uma cachoeira”, disse a diretora.
Diretora Marta
Perguntamos a diretora quais serão os próximos passos para solucionar tal problema: “Olha nós já fizemos um documento, no qual colhemos assinaturas dos alunos, pais e outras pessoas da comunidade e aí vamos passar para eles, para que apresentem ao MEC, acho que com esse documento se é o MEC mesmo que pode resolver com certeza será solucionado” disse Marta.
Segundo a Direção, o Prefeito disse que está aguardando a liberação do MEC, e já prometeu ir até Brasília para tentar resolver o problema. A secretária de Educação que neste ano apesar dos problemas ainda não visitou a escola, também já garantiu que vai a Brasília buscar soluções, e só está esperando que alguém autorize a viagem.
Outras imagens:
Professora na improvisada diretoria.
Sala com 34 alunos, as carteiras vão até a mesa da professora.
Professores estão preocupados que esta situação prejudique o aprendizado dos alunos.
Reunião de pais para tratar da questão.

@ Nossa Voz Regional
Fotos: Direção da Escola / Jornal

2 comentários:

  1. Lamentável essa situação! Sem palavras..

    ResponderEliminar
  2. Fico indignado como em Barrocas, coisas que são muito simples de resolver ficam complicadas pelo empecilho da má vontade!

    ResponderEliminar