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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Um salário para quatro, e a indignação dos trabalhadores indicados pelo vereador - Por Barroquinha


E a polêmica da vez em uma pequena cidade do interior da Bahia é o salário dividido para quatro. O que já era alvo de críticas quando era repartido por duas pessoas, agora atingiu um novo patamar. Trabalhadores responsáveis pela limpeza das ruas na zona rural estão recebendo seus pagamentos não pelo banco, mas em envelopes, com valores que chegam a um quarto do salário mínimo.

A denúncia veio à tona por meio de programas de rádio e rapidamente se espalhou pelos grupos de WhatsApp. Segundo relatos, um homem desconhecido teria passado entregando envelopes com os nomes dos trabalhadores e a quantia referente ao pagamento de janeiro. Uma das pessoas, indignada, afirmou ter recebido apenas 300 reais, uma fração do que deveria ser um salário digno pelo serviço prestado.

No centro da polêmica, um vereador de um povoado que, segundo as denúncias, estaria envolvido na prática. A prefeitura, até o momento, mantém o silêncio. Curiosamente, essa mesma situação já foi amplamente criticada por alguns que hoje estão no poder. Antes era um escândalo, agora parece ter se tornado um problema institucionalizado – e ainda piorado.

E fica a pergunta: como justificar o injustificável? Se antes dividir um salário era vergonhoso, o que dizer quando essa divisão chega a quatro? O que leva um trabalhador da limpeza rural a receber seu pagamento de maneira informal, como se fosse um favor e não um direito? Enquanto as respostas não aparecem, sobra o descaso e a indignação daqueles que suam para manter os povoados limpos.


Por Barroquinha
Jornalista do Povo

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