Em
matéria enviada para a nossa redação, o Diretor do Hospital Municipal de
Barrocas, explica os motivos que o leva a ser contra o fechamento da DIRES - Diretorias
Regionais de Saúde, nos Territórios de Identidades da Bahia.
A Saúde Pública no Brasil e na Bahia,
passou por grandes mudanças nos últimos
anos, embora ainda não suficientes para resolver problemas crônicos que ainda
afetam o sistema diretamente e o emperra impedindo de avançar com a capacidade
e a necessidade que precisamos.
Esta última ação do governo da Bahia de fechar as DIRES e criar nove
(09) Núcleos de Regionais, em Macros Regiões, em um Estado com a extensão Territorial
que temos, é uma atitude impensada e equivocada, uma vez que não foi feito uma
consulta publica, nem tão pouco, tiveram a humildade de ouvir os atores sociais, entre
eles: Prefeitos, Secretários Municipais de saúde, Conselhos Municipais e Estadual
de Saúde, Dirigentes Regionais e sobretudo lideranças politicas. Uma ação
contraria ao Programa de Governo, que nos pegou de surpresa. Acredito na boa
intenção do Governador da Bahia em conter despesas e enxugar a máquina, no entanto,
esta medida não tem coerência com os dados ora levantados. Embora o nosso Governador,
não tenha demonstrado interesse para
dialogar, ouviu, apenas um pequeno grupo de Técnico burocráticos, despreparados e sem
conhecimento de caso das Secretarias da Fazenda e de Administração , em uma ação
desesperada para reduzir gastos.
Este ato terá feitos colaterais
na Politica de Saúde bem como, na Politica da Bahia e vai atingir diretamente
todos os Municípios do interior da Bahia ,municípios com uma distancia Territorial
imensa da capital e que eram gerenciados diretamente pelas DIRES, o sistema que
é desde a atenção básica á Assistência Farmacêutica,
epidemológica, de Edemias, de Vacina, de
vigilância sanitária e da gestão Hospitalar, vai ficar comprometido. Ha não ser
que o Governo, tenha outros planos, ainda não divulgados; Cortar 40 cargos
públicos não vai resolver o problema da saúde da Bahia ,(Que é de gestão,
sensibilidade e vontade politica), pelo contrario vai gerar um problema de
gestão, por distanciar as articulações da gestão de saúde dos Municípios baianos.
Da mesma forma, os municípios irão sofrer com o
fechamento das DIRECs, que também me posiciono
contra, acho desnecessária, esta ação do governo, uma vez que ambos os
órgãos, não só serve, para articular as
ações do Estado, mas também para
estreitar as relações entre sociedade e governo. Sem
falar que o valor da economia será ilusório, diante dos benefícios.
Esperamos que o nosso governador,
reveja a politica de saúde do Estado,
interiorizando os serviços de Alta Complexidades, derrube esta politica atual dos HPPs, reestruturando estes, para que as médias
complexidades tenha resolutividade nos seus próprios municípios. Reitero o meus
créditos a este Governo, acredito que
teremos um governo espetacular, sobretudo, na saúde, educação, segurança
publica e infraestrutura. Entretanto Esperamos que o governador repense a sua ação, rediscuta com os atores e assim
possamos construir um Estado cada vez mais democrático e participativo de fato
e de direito para todos os baianos.
“Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção”
‘Então, vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer’
... Os amores na mente as flores no chão
A certeza na frente a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição”...
Ivan Lourenço
Robenildo Brito
Diretor do Hospital Municipal de Barrocas