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terça-feira, 13 de novembro de 2018

Barroquense sustenta família recolhendo materiais reutilizáveis e recicláveis nas ruas da cidade

Foto: Rubenilson Nogueira
José Raimundo Oliveira Santana, 49 anos, é casado e tem dois filhos, um deles, fruto de um relacionamento anterior, vive com a mãe. José que é morador do Bairro de Santa Rosa, acorda cedo todos os dias para buscar nas ruas de Barrocas, o sustento para a sua família. Ele é um dos barroquenses que diante do desemprego, consegue recolhendo materiais reutilizáveis e recicláveis, o dinheiro para as despesas do dia a dia.

O trabalho é perigoso, requer muito cuidado pois a risco de se machucar e até contrair doenças, isso porque muitas vezes é preciso procurar os itens desejados em sacolas e caixas, onde há cacos de vidros e até objetos perfurantes. Sem falar do sol escaldante enquanto caminha a procura de papel (papelão), plástico, ferro e alumínio.

A empresa que compra o material dos catadores, vem ao município uma vez a cada quinze dias, nesse período o senhor José Raimundo, afirma que consegue juntar quantidade que lhe rende entre R$200,00 a R$250,00 reais.


Catador procurar por material reciclado em sacolas
"Dá uma média de R$500 por mês, não é muito, mas é melhor que eu ter que se humilhar indo para prefeitura pedir emprego", afirmou o homem enquanto caminhava pela Avenida Antonio Pinheiro da Mota, empurrando o carrinho de mão já com um boa quantidade de material recolhido, na manhã desta terça-feira (13).

José Raimundo lembra que está há 2 anos trabalhando na coleta dos materiais nas ruas: "Graças a Deus até aqui, após a eleição de 2016 que o meu trabalho é esse, as vezes passo dias apertado, por isso evito comprar fiado para não remontar conta. Mas tá dando certo, eu não tenho preguiça de catar, já tô tão acostumado que o dia que não venho já fica ruim (risos)". Geralmente ele trabalha das 7 da manhã até às 13 horas, mas em alguns dias é preciso voltar às ruas na parte da tarde também.

Perguntado sobre os planos para o futuro, José afirmou que pretende vender uma carroça e um animal que possui, para então poder comprar uma moto para conseguir ter melhor produtividade no trabalho: "Com uma moto com charrete seria melhor, consigo ser mais rápido e recolher um pouco mais para aí sim as coisas melhorarem" afirmou.

Após rápida conversa, José Raimundo segue o seu trabalho buscando o garantir o sustendo da família
De acordo com estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2010 existiam no Brasil cerca de 500 mil catadores de materiais recicláveis. Em Barrocas o número de pessoas recolhendo os materiais também aumentou: "Atualmente tem mais gente, as vezes passo nas ruas e o pessoal já recolheu, ai tenho que passar em outros pontos" afirmou José Raimundo. 


Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os catadores de matérias reutilizáveis e recicláveis desempenham papel fundamental na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com destaque para a gestão integrada dos resíduos sólidos. De modo geral, atuam nas atividades da coleta seletiva, triagem, classificação, processamento e comercialização dos resíduos reutilizáveis e recicláveis, contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva da reciclagem.

@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira

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