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quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Baixa da “Veia”.

As crianças de hoje não terão medo da Baixa da Velha.
Saudade da Baixa da Velha.
Ainda no tempo de menino, costumava ir para a roça dos meus avôs, e no caminho passava pela mal assombrada (segundo os mais velhos) baixa da velha. São muitas as histórias contadas, mais o que me levou há escrever este texto não foi à lenda em se, contada pelos mais antigos, e sim o fato de ter percebido que quase já não existe a Baixa da Velha. Com o passar do tempo, talvez influenciado pelas diversas vezes que a patrol tem que passar nas estradas para recuperá-las, já não há quase nada da antiga subida, nem tão pouco um pequeno riachinho que corria em tempo de chuva, mesmo depois de alguns dias de estiagem a água continuava correndo. Dava até para ver uns peixinhos nadando.
A baixa pode até ter desaparecido, mais observe que do lado esquerdo da foto, tem a imágem de uma velha com um vestido bem comprido. Deus é mais.

Hoje quarta-feira (21) estive na Baixa da “Veia”, para relembrar um pouco do meu passado e constatei o triste fim, a subida na qual muitas vezes tinha que descer da bicicleta para conseguir subir, é hoje quase uma reta. Daqui a alguns anos não sei o que vamos contar para nossos filhos sobre a nossa história, já não há mais Tanque dos Trinta, o Açude está abandonado, o Barracamento nem vou falar como está. Alguns podem até achar uma bobagem sentir saudade da Baixa da Velha, mais é que agente chegava até a se arrepiar ao passar por ela, até parecia que realmente existia uma velha lá escondida. Certa vez, vindo da Boa União com os amigos Marcos, Eliomar, Cléviton de Didi e Fabiano, ao chegar próximo da baixa aproximadamente às 18h00min, já escurecendo, escutamos um barulho, todos paramos! Víamos a pé puxando carros de lata com um barbante, parados cada um olhou para a cara do outro, todos mudos. Resolvemos passar por cima da linha, caminhávamos devagar, até que não sem quem resolveu voltar correndo. Só se viu carro de lata se desmanchar nos dormentes, ninguém queria ficar atrás. Um deles, não me lembro bem se foi Eliomar ou Fabiano, sugeriu que devíamos voltar para dormir na casa do seu avó Alcides (in memória) na retirada, mas a maioria não concordou, pois os país iam ficar preocupados. Criamos coragem , e com algumas pedras nas mãos fomos passando, jogávamos uma pedra dávamos um passo... Aí veio mais barulho e algo saindo do mato... Antes que corrêssemos um jegue levantou e deu pra ver as orelhas. Alívio!

Por pouco não chegamos em casa dizendo que lá na baixa tinha um lobisomem.
É mais uma história pra contar sobre a antiga Baixa da Velha.
E é por estas e outras que já sinto falta da ... Baixa da “Veia”.

Por Rubenilson Nogueira.

1 comentário:

  1. Viva quem tem essas doces recordações!!! As crianças de hoje, infelizmente, estão assitindo televisão em demasia, sem falar dos jogos em computador e o video game. Ainda bem que recordo com saudade das brincadeiras de roda, dos babas com os primos no terreiro (quintal) da Fazenda Pirajá, das festinhas no Armazém de tio Antonio Simões, com radiola e ao som de Roberto Carlos...rssss.
    Mara

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