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quinta-feira, 3 de março de 2011

Cultura sem história é como um repente sem rima.


Há alguns dias falamos da situação deplorável que se encontra o prédio do antigo Matadouro Municipal, que conforme sugeriu o projeto Rondon, deveria ser reformado e transformado num Centro Cultural.
Hoje visitamos o local onde funcionava a antiga delegacia, um prédio histórico, que segundo informações não confirmadas, foi uma capela antes de virar a base da polícia por vários anos.
Também conforme orientação dos universitários do Projeto Rondon, o antigo prédio deveria virar o Museu Histórico de Barrocas, onde seriam expostas pecas que contam um pouco da nossa história e também de cultura nordestina e seus costumes.
Antiga Delegacia
A atual situação é completamente oposta, a velha delegacia, com o avanço das construções em torno dela, ficou bem recuada, quase que escondida, a porta é traçada por correntes, a pintura já não reflete o brilho do sol que nasce a sua frente. Conforme informações o local está sendo utilizada para guardar ferramentas como pá, inchada e outras que são usadas na limpeza das ruas da cidade.
Os rondonistas que deveriam retornar a cidade depois de seis meses para ver como andava os projetos iniciados por eles, não retornaram, talvez para evitar constrangimento.
Estamos tristes, sentidos.
Dia desses um cidadão que se diz “zelador” da cultura barroquense, comemorou o fechamento da Filarmônica 30 de Março, até entendemos a sua postura já que o mesmo não tem raízes aqui, nós não estamos como ele felizes com esta situação, pelo contrário torcemos por uma solução e pedimos que a Secretaria de Cultura resgate a antiga delegacia e também o velho Matadouro, e faça com que “a nossa história não deixe de fazer parte da nossa cultura” . Façam valer os salários que recebem.
Da Ronda @ Nossa Voz.

2 comentários:

  1. Esclarecemos que a primitiva capela de Barrocas, construída em 1929 por João Afonso da Silva, não se transformou em delegacia. Foi destruída depois da construção de uma nova igreja maior, inaugurada em março de 1942 e que, depois, foi transformada na atual igreja matriz de São João Batista.
    A casa que serviu como delegacia - conhecida como "delegacia velha" - foi construída no terreno onde onde ficava a aniga "capelinha".
    O terreno onde foi construída a referida capela pertencia a João Afonso, o qual o doou à Paróquia de Serrinha. Não sabemos dizer se a doação foi verbal ou por meio de escritura.
    Conf.: "BAROCAS, uma filha da estrada de fero" de João Gonçalves Neto e Tiago de Assis Batista - 2007.

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  2. Não é a partir da criação de um centro cultural que a história local será revitalizada. A criação de projetos por parte da Secretaria da Cultura pode muito bem ser preponderante no desenvolvimento de paradigmas que transformem o fazer histórico em algo real e transformador. A história de um povo necessita de um espaço mais a quem como a exemplo de um museu. O que não se pode permitir é que versões destorcidas atrapalhem o fazer histórico, já que que a história entra em simbiose com a Filosofia, Sociologia e Antropologia para que fatos se transformem em fontes que serão usados para estudos futuros. O saber científico se faz por meio de pesquisa. Manifestos podem ser criados, mas projetos são mais essenciais, assim eles perceberão a necessidade mostrar as história local.

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