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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Uma coisa é tá na máquina, outra coisa é estar com o líder

Imagem Reprodução campanha de 2024
O prefeito José Almir (PT) ainda não definiu totalmente o palanque para 2026. Sérgio Brito é praticamente certo para deputado federal, mas o nome para estadual segue sendo motivo de indecisão e disputas internas. Alex da Piatã (PSD), força do Território do Sisal e segundo mais votado da Bahia na última eleição, pode ser "substituído". Há quem defenda a migração para Osni Cardoso (PT), aliado do ex-prefeito Edilson Ferreira, que em 2024 na última hora, rompeu com o prefeito e quase levou embora a vitória, confirmada com menos de 100 votos.

O cenário que se desenha é antigo conhecido da política barroquense: estar dentro da administração não significa estar com o líder político. Já no primeiro ano Almir puxou muita gente para seu lado usando a força da máquina, empregos, apoios, acomodações e promessas. Mas cargo não gera, por si só, lealdade política. O recado de 2016 deveria estar bem entendido: uma parte significativa da base governista está junto do governo, mas não está com o líder.

Nos bastidores, nomes já fazem planos pessoais e alguns até assumem que, em 2026, apoiarão candidaturas diferentes das que o gestor escolher. Tem quem prometa apoio a pelo menos um candidato do prefeito, ou o estadual ou o federal, para também não ficar evidente a 'infidelidade eleitoral'.

O prefeito até tenta “convencer”, com aspas, porque não é exatamente convencimento, levar aqueles que ocupam espaços na gestão a vestirem a camisa política do projeto governista. Mas segundo os bastidores, ele não tem conseguido. A máquina dá poder, mas não dá prestígio. A nomeação atrai aliados para o gabinete, mas não coloca ninguém no meio da rua pedindo voto.

A questão é, como uma gestão que já dá sinais de desgaste, que enfrenta atrasos, críticas até de aliados e ruídos internos, enfrentará a eleição de 2026 com impacto direto para 2028, quando Almir talvez, talvez tentará permanecer no poder. A máquina está cheia, mas, politicamente, o prefeito pode estar um pouco isolado, e frágil.

Por Barroquinha – Jornal A Nossa Voz

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