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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Após perda de 30%, setor sisaleiro define ações para superar crise.

Depois de um ano difícil em que a cadeia produtiva do sisal acumulou perda, em média de 30%, governo, entidades representativas do setor na Bahia e mecanismos de financiamento se reuniram para anunciar a instalação da Câmara Setorial do Sisal. Mesmo sem a formalização do grupo, prevista para março, a reunião preliminar apontou soluções para o setor.
O primeiro leilão de sisal de 2010 está previsto para acontecer na próxima semana, quando a expectativa é comercializar 50 mil toneladas. Se os trabalhos da Câmara Setorial derem certo na Bahia, produtores esperam, até o final do ano, que o Ministério da Agricultura aprove uma câmara nacional.
Em 2009, a queda dos preços foi regulada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que garantiu a comercialização do produto, por meio de política de aquisições. Em 2010, a estatal anunciou aporte de R$ 16 milhões para regular o preço do sisal, mas com uma mudança de estratégia.
A pedido de empresários, o sisal foi incluído no Programa de Prêmio por Escoamento de Produção (PEP). “Continuaremos a fazer aquisições, mas em volume menor, já que temos um estoque significativo”, comentou o superintendente de gestão e oferta da Conab na Bahia, Carlos Eduardo Tavares.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindifibras), Wilson Andrade, explica que por meio do PEP a indústria compra pelo preço mínimo da Conab, vende a produção e recebe, do governo, o prêmio sobre a diferença. “Esta política é mais econômica para o governo e beneficia toda a cadeia produtiva”, afirma Andrade.

Thais Rocha, do A TARDE
Foto:Thais Rocha, do A TARDE

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