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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Barrocas: Senhor de 78 anos lamenta fechamento da escola da comunidade.



José Ferreira de Oliveira, conhecido como Zé de Tôtô, nasceu na comunidade de Lagoa dos Umbus, pensando em desenvolver a comunidade, há alguns anos ele doou uma área de terra para que o então prefeito José Edilson construísse um prédio escolar. 

A escola funcionou por vários anos, mas como muitas outras no município, teve que ser desativada , segundo informações por não atingir o limite mínimo de 15 alunos. Com 78 anos, o senhor José Ferreira lamente a desativação da escola, e diz que além de ver a escola fechada, a tristeza é maior porque sequer foi procurado pelo prefeito ou secretária para informá-lo da situação. 

No ano anterior a Escola Municipal Antonio Ferreira de Oliveira, funcionou com 19 alunos cursando o 3ª ano, destes apenas 6 passaram, restando só 13 estudantes, conforme nos disse a ex-professora da comunidade, senhora Cleide, que depois da desativação vai dar aulas numa escola da sede do município. 

Mãe de um menino de 10 anos, dona Ângela disse que fica preocupada em ver o filho sair de ônibus da comunidade para ir até a sua nova escola, que fica no Bairro de Santa Rosa; “no primeiro dia eu fui com ele, e viu o risco que correm, pois o motoristas para o ônibus de uma lada da pista e os alunos tem que atravessar, por isso fico sempre preocupada”. A mãe nos contou que nesta quinta-feira o seu filho chegou em casa reclamando que apanhou durante o trajeto. 

“Tem menino aí que quer mesmo é andar de ônibus pra lá e pra cá, vão pra cidade e nem se interessam pelos estudos” disse o senhor. 


Chateado com a situação o senhor Zé de Tôtô, resolveu cercar uma área de sua propriedade que ele mesmo tinha aberto na esperança de que fosse construída uma Praça e uma quadra de esporte; “se já tão fechando a escola , sei que não vão fazer nada por nosso região, fico com medo de passarmos até a pertencer a Serrinha” disse. No espaço que estava aberto crianças improvisaram um campinho de futebol onde brincam sempre. 

Quando funcionava a escola tinha aulas em apenas um turno, e atendia não apenas aos alunos da comunidade, lá estudavam crianças vindo da Ipoeira, e até da Malhada Redonda, região de Serrinha. 

Esta não é a única escola desativada no município, em comunidades como Lagoa Redonda, e até mesmo o Bairro do Cedro as escolas já não funcionam desde o ano passado, pelo que percebemos o que mais revoltou os moradores foi à falta de comunicação, eles alegam que não foram comunicados da decisão, nem mesmo o senhor que doou o terreno para a construção do prédio que agora servirá apenas de morada para os pardais, como narrou à senhora Marizete. 


@ Nossa Voz

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