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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Barrocas: Ataque de cachorros causa morte de 26 ovelhas e deixa várias outras feridas no Povoado de Lajedinho

Imagem Reprodução: Vídeo
Entre a noite da segunda-feira (04) e a madrugada de hoje, um ataque de cachorros num curral de ovelhas, resultou na morte de 26 criações, deixando mais de 50 feridos, algumas em estado crítico. O ataque aconteceu no Povoado de Lajedinho, Zona Rural de Barrocas na propriedade do agricultor José Carlos Bispo, 59 anos, conhecido como Zé de Maninho, localizada à cerca de 3 km da sede do município.

O agricultor contou ao JNV que chegou ao local às 5:20 da manhã desta terça-feira (05), e ainda viu dois cachorros próximo ao curral, mas ele acredita que haviam outros. Ao entrar no curral, viu uma cena desoladora: "Já aconteceram outros, mas essa foi a pior de todas, até agora a ficha não caiu", afirmou. Em ataques anteriores, 5, 6, 8 e até 13 ovelhas já foram mortas mas esse último pode chegar a 30 mortes devido a quantidade de animais feridos.

Agricultor lamentou a morte dos animais e contou que mais de 50 estão feridos
Além de recém nascidos e borregos, alguns de médio porte, ovelhas grandes com cerca de 30 quilos foram mortas. As ovelhas são da raça Mestiço Dorper. O prejuízo, segundo o proprietário deverá ficar entre 8 e 10 mil reais: "Dá vontade de desistir, de parar de criar, mas eu investi muito na propriedade para esse tipo de criação e não posso parar. Mais hoje a gente não tem apoio das autoridades, se para defender as criações, a gente matar um cachorro é capaz de ir preso", afirmou ainda abalado com o ocorrido.

Animais foram mortos dentro do curral murado
O senhor José Carlos só irá a Delegacia de Polícia para registrar um Boletim de Ocorrência amanhã, já que hoje junto com a família, passou o dia tentando salvar animais que estão feridos.

@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Barrocas: Associação comunitária de Lajedinho ganha Cisterna-Telhadão que garante água de qualidade


Localizada a 6km da sede do município de Barrocas, a comunidade de Lajedinho, através da associação de moradores, foi a segunda cidade do semi-árido brasileiro beneficiada com a Cisterna-Telhadão, que capta água da chuva e armazena em um reservatório com capacidade de 52.000 litros de água.  

De acordo com a reportagem da TV Olhos D'agua, "a Uefs em parceria com a ASA – Articulação no Semiárido Brasileiro e o MOC – Movimento de Organização Comunitária, estão desenvolvendo cisternas diferentes das tradicionais para garantir água de qualidade e mudar a realidade de quem vive no campo. A Cisterna-Telhadão além de captar água, conta com um espaço adicional para desenvolver outras atividades sociais.".

A comunidade barroquense que já produz a polpa de frutas, fornece sucos naturais para eventos, cocada e outros produtos, ganhou o espaço coberto que pode ser usado para eventos ou um pomar para ajudar no grupo de produção, como citou Barbara Santos na reportagem, confira. 


@ Nossa Voz - Por Victor Santos

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Barrocas: Moradores denunciam desperdício de água em Santa Rosa e Lajedinho


Após reclamações surgirem nas redes sociais, nossa equipe foi ao Bairro de Santa Rosa e Povoado de Lajedinho onde encontrou diversos vazamentos que segundo os moradores acontecem à algum tempo e já foi comunicado à Embasa.

Muita água jorra dos registros, sendo necessário os próprios moradores intervirem para amenizar o disperdício. Em conversa com moradores, eles relataram que há 'relógios' quebrados sendo esse um dos motivos do vazamento. A jovem Aline moradora de Santa Rosa, comentou;"Assim que cheguei de volta a minha residência o cano estava quebrado, a gente reclamou, mas demorou um tempão para eles poderem vir concertar, o jeito foi a gente enrolar um esparadrapo no registro porque estávamos sem água, e toda vez que vamos reclamar é uma desculpa’’.


Em outro caso, o Sr.José Carlos morador do lajedinho também lamentou o ocorrido e ressaltou a sua indignação quanto a serviços mal feito; "É grande o desperdício de água devido aos canos quebrados e registros jorrando água não só em um ponto e nada de resolverem" lamentou. 

Os moradores cobram uma posição da empresa sobre o ocorrido.

@ Nossa Voz - Por Daniele Oliveira

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Parcerias possibilita realização de Oficinas e Cursos de Capacitação em Barrocas

Comunitária de Lagoa da Cruz
A Sala do Empreendedor segui realizando cursos profissionalizantes e oficinas, buscando oferecer conhecimento e quilificação da mão de obra local. Desta vez, as ações contemplaram a população da zona rural do município, especialmente nos Povoados de Lajedinho, Ouricuri e Lagoa da Cruz.

Comunidade de Lajedinho
A Oficina "Controlar Meu Dinheiro no Campo" aconteceu graças a parceria com o SEBRAE, Prefeitura Municipal de Barrocas, Secretaria de Agricultura, com apoio da Brio Gold e e foi realizou no dia 01 de Agosto. A oficina foi direcionada para as associações e produtores rurais da Comunidade de Lajedinho. A instrutora Lana abordou a importância dos 'Controles financeiros, Livro caixa, Contas a pagar e receber'.

No mesmo dia, em Lagoa da Cruz, aconteceu a abertura do Curso de Panificação Básica na Padaria Comunitária do Povoado, promovido pelo SENAI através do Programa 'Barrocas Empreende' com apoio da Brio Gold, Associação Comunitária de Lagoa da Cruz e Prefeitura Municipal através da Secretaria de Assistência Social.

Comunidade de São Miguel do Ouricuri
Na quarta-feira dia 2, na Comunidade de São Miguel do Ouricuri, também voltado para as associações e produtores rurais, o instrutor Djael Dias, ministrou a Oficina 'Empreender no Campo' e abordou características empreendedoras; O que é Empreender?; Empreendendo na Prática; Definindo Metas e Planos. 

@ Nossa Voz - Informações da ASCOM

terça-feira, 10 de maio de 2016

Barrocas: Ônibus escolares atrasam, obrigando estudantes a esperar até às 18 horas


Nesta terça-feira (10) dois ônibus escolares que trasportam estudantes da rede municipal de ensino atrasaram, obrigando os estudantes das comunidades de Boa União e Lajedinho a esperaram até às 18 horas pelo transporte.

Com a demora, alguns pais ficaram preocupados e vieram à cidade para buscar os filhos e reclamara da situação; "Não fomos informados por ninguém, o tempo foi passando e nada das crianças chegar então todos ficamos preocupados, isso não tá certo" protestou uma das mães.


Enquanto a nossa equipe se encontrava no local os ônibus chegaram, um dos motoristas justificou que foi no Shopping em Serrinha levar outros estudantes que assistiram a uma sessão de cinema, segundo ele houve um atraso no horário previsto para retornar. 

Os estudantes que ainda aguardavam pelo veículo, embarcaram e seguiram para suas residências. Outros já havia indo embora na companhia dos pais.

@ Nossa Voz  

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Barrocas: Criador decidi vender criações após novo ataque de Cães na Zona Rural de Barrocas

Caso resolva,volto a criar, mas por enquanto estou vendendo para não deixar os animais sofrerem mais.
A criação de ovelhas da propriedade do Sr. Manoel Messias Araújo, conhecido como Messias de Olímpio, de 76 anos, localizada na comunidade de Lajedinho foi atacada durante dois dias seguidos por cães que rondam sua roça. 

O primeiro ataque aconteceu na terça-feira (5), o mesmo aconteceu no dia seguinte, de acordo com o criador o prejuízo ultrapassa os R$ 390,00 (reais) em apenas 48 horas. Temendo novos ataques, e chateado com a situação o criador decidiu desfazer da criação.

"Nessa idade é meu divertimento, minha alegria é criar os bichos, seja no tempo verde ou na seca, mais tomei a decisão de vender, me decidi fazer isso porque é triste ver os animais morrem assim e não pode fazer praticamente nada" Lamenta o criador que desde os 10 anos de idade cuida de ovelhas e gado.

Ovelha com marcas do ataque dos cachorros.
Em sua melhor época Messias conta que chegou a ter 65 'cabeças de ovelha' na roça, tempo que lembra com saudades, pois conta ele que as pessoas tinham consciência de criar os cachorros amarrados. Atualmente com aproximadamente 20 animais, negociou a venda, até que alguma medida seja tomada; "está prevista uma reunião para falar dos animais atacados por cachorro em Barrocas, caso resolva volto a criar, mas por enquanto estou vendendo para não deixar os animais sofrerem mais". 


Na imagem, Sr. Messias e o Cunhado mostram um pequeno burrego que conseguiu se livrar do ataque dos cães, na região abdominal o inchaço tem preocupado o criador, para ele é preciso de medidas para punir os proprietários de cachorros soltos; "enquanto não tiver uma lei ou punição não só aqui vai continuar acontecendo, nessa região toda tem criador de ovelha que perde com nada, duas ou três ovelhas no mês para os cachorros". 

Uma ovelha de raça  não resistiu aos ataques das feras, mesmo com aplicação de remédios e todo cuidado no curral do Sr. Messias, no dia posterior ao ataque, os urubus atacam o indefeso animal para se alimentar. A situação causou no criador muita tristeza, há anos criando animais e mesmo com a idade avançada Messias ainda tem esperanças de recomeçar novamente a criação; "Se disser que vão colocar ordem e punir os donos de cachorro, eu volto com 4, 5 ovelhas pro meu curral, tenho alimento, remédio e água" relatou.


Próximo da Santa Rosa, local onde mora, o curral que por anos abrigou as criações que serviram de alimento e renda para a família agora está 'aposentada' o chocalho dos animais guardado; "aqui ninguém mais vai ouvir um berro de animal nem o som do chocalho, eu não sou contra criarem cachorro, acho apenas que os donos tem que por limite" explica o senhor Messias. 

Leia também; Ataque de Cachorros deixa 5 ovelhas mortas no povoado de Lagoa Redonda.

@ Nossa Voz - Por Victor Santos

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Barrocas: Agricultores participam de capacitação territorial sobre seleção, produção e multiplicação de semente


Agricultores de 12 cidades do território de sisal, com destaque paras as associações Barroquense das comunidades do Lajedinho, Barreira e Santa Rosa, participaram nesta segunda-feira (1) da capacitação das sementes crioulas na sede do Associação do povoado de Barreira.

A Secretaria de Agricultura, juntamente com o Movimento de Organização Comunitária (MOC), com apoio da Prefeitura Municipal de Barrocas apresentaram técnicas de armazenamento, acondicionamento, cultivo das sementes crioulas, que conseguem se adaptar e resistir às condições, no caso do município de Barrocas, no semi-árido, melhor que demais sementes. 


Na colheita, selecionam as melhores sementes para a reprodução. Contudo, além do armazenamento em casa, uma experiência muito importante são as Casas de Sementes, espaços construídos para o armazenamento de sementes crioulas. Ali, são selecionadas, armazenadas e bem cuidadas, para que não falte a semente na hora certa. 

As Casas de Sementes também são espaços de articulação e formação das comunidades, onde se discutem a agroecologia, a convivência com o semiárido, os males do uso de agrotóxicos, a história das sementes e a importância do resgate e conservação das sementes crioulas.


O milho e o feijão, sementes crioulas armazenadas nas Casas das Sementes em Barrocas das três Associações duram por muitos anos e é preciso segundo técnico do MOC, Ronaldo multiplicar e cultivar o produto de qualidade. 

A Secretária Municipal de Agricultura Maria Lucenir no encontro ressaltou o quanto para comunidade é significativo manter as sementes crioulas e se capacitar; “É importante participarmos desta capacitação, principalmente os agricultores, para que as sementes crioulas se multipliquem, garantindo um produto de qualidade e sem necessitar de agrotóxicos” disse.


“Nossas sementes resistem melhor ao clima do semi-árido, assim os agricultores diminuem uma preocupação na hora de plantar, e faço aqui um apelo as Associações e comunidades para investirem mais juntamente ao MOC para adquirirem a ‘Casa da Semente’, nosso técnico Ronaldo faz o acompanhamento e damos o apoio necessário para este beneficio” destacou Maria Lucenir.


@ Nossa Voz - Com Informações da Secretaria de Agricultura

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Associação de Lajedinho, Santa Rosa e Barreira são contempladas com Casa das Sementes


A apresentação do ‘Programa Sementes do Semi-árido’ aconteceu na sede da Associação Comunitária do Lajedinho, na tarde desta quinta-feira (23), apenas três associações de todo município de Barrocas foram contempladas com a Casa das Sementes e equipamentos que servirão para auxiliar no plantio e armazenamento de sementes para produção rural. 

Agricultores do Lajedinho e Santa Rosa receberam as primeiras informações sobre o benefício que tem previsão para contemplar 720 pessoas. Cada associação terá 20 famílias cadastradas, totalizando 60 famílias. A Presidente do Fundo Rotativo Ednalva Bispo dos Santos destacou; “Vamos armazenar e não precisaremos por um tempo comprar sementes para plantar, foi muito bom nossa comunidade ser contemplada com a casa das sementes”, destacou a presidenta.



Os primeiros passos para implantação do Banco de Sementes segundo explicou o Técnico do Movimento de Organização Comunitário MOC, Ronaldo, é o mapeamento dos bancos e casas de sementes, capacitação das comissões municipais, seleção e o cadastramento.


Participaram do evento a Presidente da Associação Miranice Ferreira Oliveira, Vice-Prefeito Tita de Roque, Secretaria Municipal de Agricultura Maria Lucenir, Coordenador de Projetos Celestino do Tigre, associados do Lajedinho e Santa Rosa e Sociedade Civil.


@ Nossa Voz - Por Victor Santos

sexta-feira, 3 de abril de 2015

MOC destaca experiências de economia solidária e de convivência com o Semiárido aplicadas em Barrocas


Uma matéria publicado no site do Movimento de Organização Comunitária (MOC) no dia 26 de março, conta histórias de duas famílias barroquenses e de uma associação de mulheres que conseguiram melhorar de vida ao aprender técnicas de produção que ajudaram na conviver no semiárido. As experiências foram apresentadas a pequenos produtores de outras cidades que participaram de um intercâmbio promovido pelo MOC com objetivo de trocar experiências.

Momentos de emoções, trocas e aprendizagens no intercâmbio em Barrocas

O intercâmbio faz parte das ações do Programa Uma Terra e Duas Águas, da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), desenvolvido pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), com apoio do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).

Todos queriam registrar a horta orgânica livre de agrotóxicos

O sol distribuiu seu brilho destacando o verde que insistia em compor o cenário. Por onde passaram, os agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Retirolândia, Riachão do Jacuípe e Ichu saciavam a curiosidade despertada diante de tantas novas aprendizagens durante intercâmbio realizado entre os dias 23 e 24 de março às comunidades rurais do município baiano de Barrocas.

No primeiro dia da atividade o calor forte não foi obstáculo para a visita ao grupo de produção Delícia da Terra, na comunidade de Lajedinho, composto por mulheres que escrevem com garra suas histórias e a história do lugar antes invisível para muitos. Dona Zefinha, como é conhecida na região, junto às filhas, netas e outras parceiras do grupo de produção se alegraram por abrir as portas da unidade produtiva e apresentar suas experiências de economia solidária e de convivência com o Semiárido. 

Grupo de produção Delicia da Terra fala sobre suas ações de planejamento, organização e comercialização
“Os moradores de Lajedinho passaram a entender mais sobre agricultura familiar, convivência com o Semiárido e sobre os princípios agroecológicos depois que foram realizadas diversas formações, oficinas, intercâmbios e visitas a outras propriedades de agricultores familiares na região e também fora do estado”, conta Nilda dos Anjos, integrante do grupo eleita a primeira presidenta da Associação Comunitária local. Acompanhados pelos técnicos de ATER do Movimento de Organização Comunitária (MOC), Aline Santana e Ronaldo Queiroz, os agricultores e agricultoras ouviam atentos sobre as ações de planejamento, organização e comercialização do grupo de produção e não se intimidavam em questionar, opinar e trocar saberes.

Em seguida foi a vez do casal Pedro Celvson e Josefa Lima que lhes demonstrou a utilização de alternativas de irrigação, técnicas de gotejamento, cobertura do solo e horta verão, dentre outras, aplicadas ali em sua propriedade localizada na comunidade de Barreiros. "Como tá tudo verdinho! E olha que a chuva por aqui ainda não chegou com vontade", ouvia-se de todos os lados e repetidamente enquanto findava o primeiro dia do intercâmbio. 

O dia amanhece e logo o ônibus traz os agricultores (as) para o segundo e último dia do intercâmbio. O destino é a comunidade Boa União, para conhecer a horta orgânica e a Casa do Sertão, residência e espaço cultural de propriedade do seu Celso Avelino e sua família. Alunos do 1° ao 3° anos da Escola Municipal Alto da Porteira ali já estavam conhecendo objetos antigos da cultura popular cuidadosamente arrumados por seu Celso, por sua esposa Maria Alzarira e sua filha Grazielle, todos também responsáveis pelos processos da horta – limpeza, adubagem, plantio, irrigação, colheita, até a comercialização das verduras e hortaliças na feira agroecológica de Barrocas.

Superação
A euforia da criançada não era muito diferente da do grupo ao visualizar a horta orgânica. Dona Maria de Lourdes, de Retirolândia, era uma das mais encantadas com o que acabara de ver. “Valeu a pena vir até aqui pra ver essa belezura. Como é que eles três conseguem dar conta de tanta coisa?”, questionava. Seu Plínio, de Riachão do Jacuípe, era um dos mais emocionados ao ouvir o relato de vida, sofrimento e de superação de seu Celso e sua família, narrado por ele mesmo. “Que história, que história!!”, repetia seu Plínio.

Graziele, Alzamira e Celso
Seu Celso há muitos anos, desanimado pela seca e falta de perspectiva de produção em sua propriedade de três tarefas, resolveu abandonar tudo e mudou-se para o centro urbano em busca de trabalho e melhoria de vida. Após seis meses adquiriu doenças e as dificuldades só aumentaram com o desemprego e três filhas e esposa para sustentar, morando numa favela num pequeno quartinho, que não tinha nem sanitário. Depois perdeu seu pai. “Para sobreviver comecei a vender muambas num carrinho de mão, mas não deu certo. Foi aí que depois de alguns anos decidi voltar. Minha mulher trouxe umas sementes de coentro que tinha comprado em Serrinha e nós plantamos ao lado da casa. Ficou bonito e fomos plantando mais, mais, e mais, e hoje vocês estão vendo aí quantos canteiros temos. Criei minhas três filhas aqui me ajudando, duas já casaram e Grazielle continua fazendo de tudo aqui com a mãe”, conta intercalando momentos de emoção até às lágrimas. 

A história de Grazielle, uma bonita jovem de 18 anos, é um capítulo à parte, pois desde criança segue firme ao lado dos pais. Com a fragilidade da saúde de seu Celso, ela nunca deixou de ajudar na labuta do dia a dia. Cuida dos objetos da Casa do Sertão e anualmente promove eventos culturais. Ao lado da mãe também faz todo o trabalho pesado na horta orgânica: planta, irriga, limpa, combate pragas, colhe, comercializa, e não pensa em trocar o que faz por outra atividade. “Não quero deixar. Gosto do que faço ao lado dos meus pais. Isso aqui é a nossa vida, nossa história e tenho muito orgulho dela”, conta. 


Com o mesmo sol que brilhou no primeiro dia, o grupo retorna para casa agora também com o brilho das histórias de vida dos sujeitos do campo que eles conheceram. São sujeitos de um Semiárido viável, feliz, rico de histórias de um povo bom, que ama a terra onde vive e aquilo que faz.

Maria José Esteves
Programa de Comunicação do MOC
Fonte: http://www.moc.org.br/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Barrocas: Umbuzeiros resistem à seca e garante produção em comunidade barroquense.

Fotos Victor Santos (Jornal A Nossa Voz)
Fruta típica do semi-árido nordestino, o umbu é bastante apreciado pelo sabor adocicado e ao mesmo tempo azedo, o umbuzeiro é um dos símbolos da resistência à seca e 'fulora' mesmo nas longas estiagem, a quem garante que ele nunca deixa de exibir suas folhas verdes.

O umbu pode ser consumido naturalmente ou ter sua polpa utilizada para produção de sorvete, suco, geleias ou a popular e tão apreciada ‘umbuzada’. Comerciantes congelam a sua polpa para poder servir a umbuzada durante todo o ano.


Registramos na comunidade do Lajedinho, Zona Rural de Barrocas um umbuzeiro dando os primeiros frutos, a comunidade que se destaca com a venda de polpa de diversas frutas terá o aumento da produção da polpa do umbu, uma das mais procurada. O projeto formado exclusivamente por mulheres foi objeto de matéria em agosto de 2013 com o título “Associação comunitária dos moradores do Lajedinho se destaca na produção de polpas com frutas típicas da região”. (Veja aqui)

Segundo o site Rural News o umbu é uma ótima fonte de proteínas para as populações das regiões mais carentes do nordeste apresentando, em sua composição (para cada 100g), 0,6g de proteínas, ferro, fósforo e cálcio, além das vitaminas A, B1, B2 e C. Apresenta um valor calórico médio 44 calorias por 100g de frutos. É uma fruta da família das anacardiáceas, à qual pertencem, por exemplo, o caju e a manga.

Mas, segundo matéria do portal Terra (ver aqui) o umbuzeiro esta na lista das arvores frutíferas ameaçadas de extinção, e por isso ações já buscam incentivar a sua produção. Porém agricultores como Celson Coelho garante que os especialistas podem estar errados em apontar a decadência da arvore; “Acho difícil os umbuzeiros serem extintos, são árvores fortes, resistentes, aqui mesmo na nossa região temos muitos, hoje em dia todos tem essa consciência da importância dos umbuzeiros até como fonte de renda com a comercialização dos produtos derivados do umbu, então há uma preocupação maior em preservar os umbuzeiros” destacou o agricultor. 

Exclusiva do semi-árido e do sertão nordestino, na seca, o pé de umbu é como uma caixa d’água. As batatas que ficam na raiz são como caçambas, chegam a acumular até 1,5 mil litros de água.

Tamanha a sua força e importância para o sertão, o escritor brasileiro Euclides da Cunha (1866 - 1909) batizou o umbuzeiro como a "árvore sagrada do Sertão".
@ Nossa Voz - Por Victor Santos / Rubenilson Nogueira

sábado, 6 de setembro de 2014

Barrocas: Motorista perde controle da direção e bate em poste na zona rural.


Por volta das 22 horas deste sábado, 06, o motorista de um veículo Celta colidiu contra um poste, após se perder numa curva na saído do Bairro de Santa Rosa. Segundo informações ele seguia para o povoado de Nova Brasília pela estrada de chão.

Apenas o motorista estava no veículo no momento do acidente, ele teve ferimentos no rosto, um corte na boca provocado pelo choque no volante. Pessoas que passaram no local informaram o ocorrido aos familiares que moram no Povoado de Lajedinho e foram até o local, o condutor que segundo populares é conhecido como Xida passa bem.


Ronda @ Nossa Voz - Participação Popular