Para não perder a tradição Junina, fogueiras podem ser adquiridas por apenas 10 reais em Barrocas, com direito a brinde para o comprador

Sergio garante que a lenha é de qualidade

A tradição de acender a fogueira no São João vem sendo mantida ao longos dos anos, mas algumas famílias tem dificuldades para conseguir a lenha necessária e acabam por não seguir um dos mais antigos costumes do período junino.

Contudo para todo problema há uma solução, e onde alguns vêem dificuldades outros percebem a oportunidade de faturar uma grana extra.   É o caso do senhor Sergio Queiroz Oliveira, 45 anos, conhecido como Sergio da Carroça que resolveu comercializa fogueiras prontas para serem queimadas no São João e São Pedro das famílias barroquenses.

"Sem fogueira não tem milho nem carne assada, nem as crianças brincando e soltando fogos" alertou o comerciante.

Morador da Av. CRVD, conhecida ‘Vila’, o pai de cinco filhos, encontrou na carroça a forma de sustentar o seu lar, além da fogueira o comerciante vende terra de quixaba, flecha para laje, terra de reboco e enxurrada e até pedra pra alicerce, mas neste período o foco está voltado para a venda das fogueiras.

Preparando mais uma fogueira para vender

As vendas começam a aquecer agora quando se aproxima o período junino segundo Sergio “aos poucos o pessoal começa e  vim aqui e já estão comprando”. No estoque que fica empilhado na calçada em frente de sua residência são cerca de 60 fogueiras disponíveis pelo preço de R$10 a 12 reais, e para agradar o cliente ele dá até brinde, pois que, na compra do fogueira o comprador ganha de brinda um ‘toco’, que deixa a fogueira muito mais tempo acessa; "com um toco a fogueira amanhece o dia queimando" destacou.

Para juntar todo esse estoque foram meses de trabalho, a madeira que vem da Fazenda Alagadiço e Abóbora são do tipo pau-de-rato e suaçutinga de qualidade "as melhores da região” garantiu o senhor Sergio.

Fogueira pronta para ser vendida

Apesar de o clima ser favorável, as plantações indo bem, em relação ao ano passado pode o movimento ser menor, pois alguns clientes mudaram de religião e já não acedem mais a fogueira; “as pessoas perderam a tradição, alguns mudaram de religião e hoje são evangélicos”. 

Mesmo assim o empreendedor está confiante nas boas vendas, Sergio da Carroça acorda todo dia bem cedo para preparar a lenha, que nos dias 23, 24, 27 e 28 irão queimar em comemoração ao período junino.

@ Nossa Voz -Da Redação - Por Victor Santos