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sábado, 9 de fevereiro de 2013

“Barrados no baile”

Foto: alienado.net 
Segundo comenta-se, o carnaval fazia parte dos hábitos de algumas das figuras que circulava nos antigos corredores da política barroquense, algo normal e comum já que esta é a maior festa do nosso estado e porque não dizer do país.


“No Brasil o ano só começa depois do carnaval”, na Bahia então, mesmo nas pequenas cidades, onde sequer há festejos, o feriado é o mais esperado e longo, e dura até mais que no ano novo. 

Esse é uma festa “popular” e cara, às vezes se tem uma idéia equivocada de que carnaval é festa popular, no sentido de ser pra todos, do povo. Não é! Basta ver quanto custo um abadá, tipo de camisa, bata ou túnica, adquirido para se ter acesso aos blocos, os quais são puxados por trios elétricos dos principais artistas da música baiana e do Brasil. O preço é salgado para sair num desses blocos, imagina para ter acesso a camarotes Vips, o povão se quiser aproveitar o carnaval tem que esquecer os riscos e se jogar na tradicional pipoca. 

Pois, eram nos blocos caríssimos, e para alguns camarotes que no carnaval as figuras "lendárias", que permeavam a política da nossa cidade seguiam nos dias de carnaval, e não só o da Bahia, eles chegavam a frequentar os festejos de outros estados. Neste ano diferente dos demais “eles” não foram pro carnaval, pelo menos não com dinheiro dos tradicionais vales que depois de irem, virem e voltarem outra vez para seus domínios viravam dívidas impagáveis. 

O fim desse hábito é algo positivo desse momento político, já não zombam de nós, usando o nosso dinheiro, mas se não tivermos cuidado, se não houver uma fiscalização, um acompanhamento dos atos dos agentes públicos, principalmente dos que se impetram nos processos licitatórios, logo novos adeptos dos carnavais, e de tantos outros hábitos caros surgirão, e no final mesmo sem bloco ou camarote, somos nós que dançamos. 

Ir pro Carnaval até pode, é um direito de cada um, mas se for dirigir não beba e ser for beber e curtir que seja do seu dinheiro.

Por Rubenilson Nogueira 

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