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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Em tempo de quase extinção, comunidade de Alto Alegre preserva o velho e tradicional Orelhão.



Lançado há 40 anos no Brasil, o telefone público é candidato a mais nova peça dos museus. A depredação não é motivo isolado para a possível extinção do equipamento. Os "orelhões" perderam espaço para as novas tecnologias após o surgimento da telefonia móvel que facilitou a comunicação através do uso de aparelhos celulares. 

Na comunidade, muitos pais de famílias trabalham fora, alguns em outros estados e o baixo custo das ligações via orelhão faz com que os moradores ainda utilizem o equipamento. Uma senhora nos disse que em outros lugares é difícil encontrar cartões telefônicos porém no Alto Alegre não há esse problema, “pode ir nas vendas que vai achar cartão pra comprar, eu só vejo isso aqui” disse. 

O senhor Massur, nos falou da importância o Orelhão, “hoje com os celulares as pessoas não usam muito, mas tem gente que liga de longe pra falar com a família, por isso não permitimos vandalismo, aqui não aceitamos isso e todo mundo ajuda a cuidar, se vê alguém bagunçando chamamos a atenção” disse, enquanto nos mostrava que o aparelho funciona de verdade. 

Dificilmente se encontra um orelhão funcionando em Barrocas, e não é um problema da nossa cidade, também nas demais aos poucos os orelhões existentes estão parcialmente destruídos e sem manutenção. Basta andar pelas ruas para constatar a má conservação dos telefones públicos, seja devido aos atos de vandalismo, seja pelo desgaste causado pelo tempo e pela escassez de reparos por parte da empresa responsável. 

Resta parabenizar a comunidade de Alto Alegre, que exibe feliz o seu aparelho telefônico, carinhosamente chamado de Orelhão, lá tanto se recebe com da pra fazer ligações, basta comprar o cartão. 

Ronda Jornal @ Nossa Voz

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