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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Somos os culpados do passado, os únicos protagonistas do presente e os responsáveis pelo nosso futuro.

É de praxe se ouvir ou ver a seguinte frase: “a gente colhe o que planta”, nada é tão aplicável como está à realidade de nossa cidade. Se hoje colhemos o que plantamos no passado e presenciamos tantas barbaridades sem nada termos feitos para que isso mude, sejamos sensatos e pensemos só um pouco no que nos aguarda. É evidente que muitos de nós já somos conscientes dos fatos, e por várias vezes somos relembrados de que nossa cidade não tem leis, que nossos jovens estão vulneráveis e expostos às drogas, que a violência, a corrupção e o descaso com tudo têm tomado conta, porém, parece que possuímos mordaças e algemas, ou simplesmente já nos acostumamos com essas coisas.

Segundo a Teoria do Caos “algo tão pequeno como o bater das asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo”, essa teoria é a inspiração da trilogia “Efeito Borboleta”, nesses filmes busca-se mostrar como atitudes às vezes, simples podem dá rumos diferentes e conseqüências irreparáveis à vida. Trazendo isso pra nossa realidade, como já salientado no parágrafo anterior, o que temos colhido hoje? Quais os efeitos de não termos nos atentado às drogas, que num passado não tão distante, pareciam não existir (casos isolados)? Como também da falta de oportunidades, com a velha desculpa de que cidade do interior é assim, pode levar muitos barroquenses a deixarem sua terra natal, ou a cometerem delitos? Da hipocrisia nossa de cada dia, em que vemos tudo isso acontecer e simplesmente nos fechamos em nossos mundinhos?

Nos filmes acima citados o protagonista pode voltar ao passado para rever as escolhas tomadas e tentar mudar o futuro, na vida real não temos a oportunidade de voltar ao passado, mas temos como interferir o presente e poder dar novos rumos ao futuro. Antes de tudo, além de estarmos conscientes de tudo isso, temos que romper com as mordaças e algemas que nos aprisionam e planejar nossas ações de curto e longo prazo, sempre considerando os possíveis efeitos de nossas escolhas e atitudes.

Partindo desse pressuposto pode-se concluir que quão bom seria se depois de conscientes pudéssemos respeitar mais as leis, ter mais responsabilidade com os bens e interesses públicos. Se o Estado, as igrejas e associações se unissem para lutar contras as drogas, se o Estado promovesse mais oportunidades, se nós pensássemos mais no coletivo... Ao contrário o bater das asas ou até mesmo a ausência dele consumará o caos. Enfim, como diz a música Velhos outonos da Banda Rosa de Saron: “Somos o que fazemos para mudar o que fomos. Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos”

@ Nossa Voz Por Antonio Zacarias Batista de Oliveira

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