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terça-feira, 8 de junho de 2010

Comandante do 16º BPM é exonerado

Ten Cel Lira, Cel Brandão, Maj Ivanildo e Ten Cel Souza Neto

Os políticos que não gostam de cumprir a lei, dentre estes muitos de Barrocas, devem estar comemorando a exoneração do Comandante do 16ºBPM, Coronel Manoel Amâncio de Souza Neto. O trabalho feito por ele nas cidades que compõem o Batalhão de Serrinha vinha desagradando àqueles que costumam ir contra a lei, em todos os sentidos. Souza Neto não vinha atendendo aos pedidos que chegavam de todos os lados para liberar motos e carros irregulares, pelo contrário intensificava as ações, onde mais veículos eram detidos. Em entrevista para a Rádio Continental ele disse: “Apesar de desagradar a alguns eu estou apenas cumprindo o meu papel. Se eu estivesse liberando veículos e soltando delinqüentes para atender pedidos e recadinhos de políticos por certo eles estavam satisfeitos, mais eu não estou aqui para prevaricar porque entendo que a polícia deve ser imparcial”. Em conseqüência deste trabalho o número de assaltos na região foi reduzido, nos hospitais as emergências tiveram uma queda nos atendimentos a pacientes em estado grave vítimas de acidentes, principalmente de motos, já que o uso do capacete passou a ser exigido nas pequenas cidades assim como nas de médio porte como Coité, Serrinha, Araci. Particularmente sinto muito a saída desse homem de caráter, firme nas suas decisões, honesto, comprometido com os deveres que o cargo lhes confere.
Em Barrocas muito se ouviu de políticos que não aceitavam as determinações impostas por ele aos seus comandados, e que vinham cumprindo, mais sendo coagidos por políticos locais. Teve até ameaça de corte de verbas para combustível e alimentação. Vivemos um momento triste, onde barroquenses estão morrendo ou se machucando gravemente pelo não uso do capacete. Tenho plena certeza de que os políticos têm culpa sim, pois espalharam na cidade a falsa idéia de liberação do uso do item de segurança, e podemos observar que vários pessoas voltaram a circular sem o capacete. Morte ocorreu, outros estão internados em estado grave em hospitais da capital, e até o fechamento desta matéria nenhuma autoridade se manifestou publicamente apoiando o uso, convocando a população a aderir não apenas por ser obrigatório mais sim por ser necessário para proteção do motoqueiro e garupa. Como pai de família que sou e pelos dois filhos que tenho lamento a exoneração do Comandante Souza Neto, toda a região perde, talvez o governador esteja pensando apenas na eleição que se aproxima, agindo assim está “acariciando” aliados de fachada, que não tem compromisso com o povo e sim com o poder, e penalizando a sociedade baiana.

Só me resta agradecer ao comandante pelos serviços prestados e esperar que o legado deixado seja seguido.
Por Rubenilson Nogueira.
Foto: http://sudoestepolicial.blogspot.com

2 comentários:

  1. Lamento muito pela exoneração do Coronel e digo: Infelizmente o interesse pessoal tem prevalecido, não importa se certo ou errado. Vivemos em uma sociedade "onde o que é meu é meu", o segundo mandamento bíblico de "amar o próximo como a ti mesmo" já era, o que é certo está deixando de ser, por isso que muitos políticos terão uma grande decepção nas urnas, já nas próximas eleições.

    Gil Crente

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  2. A Polícia é uma das mais importantes Instituições do Estado. Ela tem como missão "a preservação, a manutenção e restauração da segurança e da ordem pública”. No desempenho do seu papel não pode atender a "bilhetinhos" para "maneirar a barra" dos faltosos só porque é parente, amigo de algum "porretão".
    Quqlquer cidadão que descumpre as leis tem que ser penalizado, independentemente de condição social e dos titulos que possui ou cargo que exerça.
    Se a Lei manda que os veículos estejam com a documentação em dias, o motorista só deve dirigir com a carteira de habilitação adequada, que o carro esteja em bom estado de conservação, com os pneus em bom estado e os motoqueiros devem andar de capacete...tem-se que observar.Observando, estamos cumprindo um dever de cidadania. Quem não observa o que está prescrito, a polícia tem que interferir, tomando as providências cabíveis. Querer impedir ou atrapalhar o trabalho da polícia, é ir contra a segurança da sociedade.

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