"A maior besteira já vista na política de Barrocas" disse Evandro Mota sobre denuncia contra candidatos do Avante e União

Presidente da Câmara Evandro Mota - Foto Rubenilson Nogueira

Na sessão da Câmara de Vereadores de Barrocas, realizada na quarta-feira (13), antes mesmo da divulgação da sentença da Justiça Eleitoral que julgou improcedente a ação por suposta fraude à cota de gênero, o presidente da Casa, vereador Evandro Motta (Avante), criticou duramente a denúncia, que segundo ele foi liderada pelo vereador Gerival Moreira (PT).

Em sua fala, Evandro destacou que, apesar de atualmente fazer parte do mesmo grupo político de Gerival, não concorda com a iniciativa. “Pra mim foi a maior besteira já vista na política de Barrocas”, afirmou, acrescentando que a medida não deveria ter sido tomada. Ele disse que “essa denúncia não devia ter partido” e criticou a prática de, segundo ele, “forçar as mulheres a serem candidatas” apenas para cumprir exigências. “Eu acho que tem que ser se elas quiserem ser candidatas”, declarou.

O presidente também reafirmou que está na Câmara porque foi escolhido pelo povo e que todos os vereadores chegaram à Casa por meio do voto. Ele aconselhou suplentes que esperam assumir o cargo em decorrência do processo a buscar a vaga nas urnas. “Em 2028 tem eleição. Vá, lute, conquiste sua cadeira e pode vir para o meu lugar. Aí eu aceito”, disse. Evandro citou ainda que já disputou e perdeu eleição, assim como outros colegas, mas que retornou ao Legislativo “com dignidade”.

Evandro comentou sobre chacotas nas ruas, com pessoas dizendo que já “compraram o paletó” para assumir a cadeira de vereador. “Eu acredito que fazendo um bom trabalho, qualquer um deles que quer entrar, pode estar aqui no lugar da gente”, afirmou. Ao final, reiterou que não deve nada e confia que a Justiça não vai cassar os mandatos. “Quem vai julgar é a Justiça. Mas eu tenho fé em Deus que isso não vai dar em nada”, concluiu.

Evandro Motta, é um dos seis vereadores eleitos pela coligação Avante/União Brasil que, caso a juíza eleitoral tivesse acatado o parecer do Ministério Público, poderia perder o mandato. No entanto, na sentença divulgada na manhã desta quinta-feira (14), a magistrada julgou improcedente a denúncia, mantendo os mandatos da coligação.

@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira