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sábado, 19 de março de 2016

Barrocas: Itan Cruz comenta Manifestações e afirma; "Trabalhadoras e trabalhadores devem lutar unidos contra o golpe que circunda o país"

TRABALHADORAS E TRABALHADORES CONTRA O GOLPE!



Nos últimos anos o Brasil tem se tornado palco de disputas políticas ainda mais acirradas. Os ânimos estão exaltados e as paixões ideológicas dominam corações e mentes. Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, os partidos que fazem oposição ao seu governo, mais notadamente o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Democratas (DEM), se organizaram em prol de abalar politicamente o país.

As manifestações contra a presidente, que atualmente acontecem em todos os estados da federação, são gritos que emergem dos tempos da ditadura estabelecida pelo golpe civil-militar de 1964. Sob argumentos vazios que, a pretexto da corrupção (tratada insistentemente como termo genérico e sem sustentação do ponto de vista objetivo), milhares de pessoas, em sua grande maioria brancas e economicamente favorecidas, marcham nas ruas pedindo a volta do exército aos púlpitos da política nacional. 

São manifestantes que, em geral, movidos pelo ódio, propagam intolerância contra os nordestinas(os), feministas, negras(os) e toda a sorte de minorias sociais e pessoas que sejam capazes de reconhecer os avanços pelos quais passaram o Brasil nestes últimos 13 anos. Escorados na Globo, na Veja, Época e outros grupos empresariais, tentam desesperadamente desferir o golpe sobre uma presidente democraticamente eleita pelo povo. 

Ontem pude acompanhar de perto a manifestação que ocorreu no Centro do Rio de Janeiro, na conhecida Praça XV. Ali, os manifestantes à favor da democracia e da legalidade, em nada se assemelhavam àqueles que sob o discurso violento, tomaram diversas partes do país no último domingo (13). Em lugar da predominância branca, vi um povo diverso: negros, brancos e toda a sorte de etnias. Ali estava predominantemente o povo. Em lugar de patrões e patroas, pude ver empregadas domésticas, catadores de materiais recicláveis, artistas populares, gente da favela. O vermelho, símbolo da revolução do povo, mas também do amor, predominou; ao contrário de um verde-e-amarelo que querem, a todo custo, tornar elitista, racista, machista, xeófobo, lgbttfóbico por meio de um golpe político!

Pude ver trabalhadoras e trabalhadores empunhar enormes bandeiras à favor do Estado Democrático de Direito. Estávamos ali pelos que sofreram no último golpe e pelas gerações das nossas filhas e filhos que não merecem nunca mais passar pelas torturas, prisões, desaparecimentos e cerceamento de direitos promovidos pela tomada do poder pelos militares e pela elite.

A perseguição política sofrida por Dilma e Lula são motivos palpáveis para manifestações, mas há algo maior por trás dos dois que cada trabalhadora e trabalhador deveria se preocupar: o que está em jogo, no fundo de toda este caos promovido pela oposição de Direita e a mídia é a DEMOCRACIA. Vejam como as manifestações de ontem não tiveram a mesma super-estrutura das transmissões ao vivo nos noticiários da Globo, por exemplo. 

O contexto urge! É necessário tomar parte. Trabalhadoras e trabalhadores devem lutar unidos contra o golpe que circunda o país. Não devemos nos deixar levar pela manipulação do Jornal Nacional e de qualquer outro meio “informativo” dos grandes meios de comunicação. Deste modo, conclamo todas(os) contra o golpe e a favor da democracia e da legalidade!

O Barroquense, Itan Cruz é formado pelo Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, graduando em História (Bacharelado e Licenciatura) pela UFBA - Mestrando em História na Univercidade Federal Fluminense

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