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segunda-feira, 12 de maio de 2025

A água que não vem, o sorriso que não convence - Por Barroquenha

O prefeito voltou à Embasa. Sinal de que está tentando, dirão os mais otimistas. Sinal de que continua tudo do mesmo jeito, dirão os que têm o balde vazio em casa. Mais uma reunião, mais uma foto, mais um texto animado do marketing. E a água? Continua escassa. Continua pingando na torneira da paciência do povo. Porque enquanto o prefeito sorri ao lado do superintendente, tem morador que passa 20 dias sem ver uma gota d’água. 

Prefeito e Superintendente (Foto Reprodução Decom)
O encontro pereceu produtivo, isso segundo o texto da assessoria. Mas a população esperava que fosse incisivo. A Embasa precisa entender que não é mais possível tratar Barrocas com esse desprezo técnico: um cano estourado aqui, um reparo malfeito ali, uma promessa furada acolá.

Falaram em reabrir a 'loja' da Embasa. Já tinham garantido antes. Prometeram para um mês que já passou, e até hoje só reabriram mesmo foi a impaciência do barroquense — de tanta espera. E o projeto de “universalização da água”? Universal seria se a água chegasse pelo menos uma vez por semana, mas o que temos é universalização da conta: essa chega pontualmente.

O prefeito fez a parte dele, é verdade. Voltou lá. Mas talvez o tom tenha sido leve demais para um problema pesado demais. A Embasa precisa de cobrança, de pressão, de um posicionamento firme. Barrocas tem gente, tem dignidade e tem sede. Sede de respeito, sede de verdade e, claro, sede da água que não cai como deveria cair.

Por Barroquinha 
O colunista destemido

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