Páginas

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Consumo de pé de galinha e miojo estão em alta no Brasil

Imagem Reprodução - felizsaude.com
Pessoas se aglomerando em fila para recolher ossos em açougue no Mato Grosso, o maior Estado produtor e exportador de carne bovina do Brasil, cariocas garimpando restos em um caminhão de ossos e pelancas descartadas por supermercados no Rio de Janeiro. Na televisão, nas manchetes de jornais, nas mídias sociais, percebemos que as imagens da fome estão voltando ao noticiário nacional. Em 2020, eram 19,1 milhões de brasileiros com fome, os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), revelados em matéria do G1. Em comparação com 2018 (10,3 milhões), são quase 9 milhões de pessoas a mais nessa condição. 

O país registra o menor consumo de carne bovina em 26 anos. Em 2021, o consumo de carne bovina no Brasil deverá ser de 26,4 quilos por pessoa, uma queda de quase 14% em relação a 2019, ano anterior à pandemia, e de 4% ante 2020. Esse é o menor nível registrado para consumo de carne bovina no país em 26 anos, segundo a série histórica da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com início em 1996. A carne vermelha está sumindo dos prato dos brasileiros mais pobres.

Nesse contexto, o consumo de pés de galinha e miojo aumentaram, indicando uma piora das condições de alimentação do brasileiro diante dos alimentos que estão sendo consumidos. Segundo dados da Abimapi, o consumo de macarrão instantâneo movimentou R$ 3,2 bilhões em 2020, ante R$ 2,7 bilhões em 2019. Em toneladas, o consumo cresceu de 167 mil para 189 mil entre os dois anos, resultado da perda de renda da população, que recorre ao miojo por se tratar de um alimento barato. Nos açougues, em meio aos preços absurdos da carne, consumidores recorrem a cortes antes desprezados pela maioria, como pés e miúdos de galinha: “Antes da pandemia se vendia cerca de 100 quilos de pé de frango no mês, agora estamos vendendo em torno de 250 quilos. Sempre teve saída, mas as pessoas compravam em menor quantidade e para tratar animal. Agora, temos famílias que chegam a comprar dois quilos de pé e pescoço por semana”, revelou um dono de açougue ao G1.

@ Nossa Voz - Com informações do Portal G1

Sem comentários:

Enviar um comentário